Antes de começar quero dizer que o que escrevo não é a verdade, é o que eu vi. No último sábado, 12 de junho, rolou o Flores in Rock. E foi rock em Flores da Cunha mesmo... Em vários sentidos.
Muito bom ver o público lotar o Oasis, na fria noite, para curtir o velho estilo musical. Ótimo sinal, como se suspeitava, ainda há muitas pessoas que curtem um bom barulho. Até o rock and roll em pessoa apareceu, na figura do batera old school Vilmar Oliveira. Teve gente mato queimando, uma pequena briga, roda punk, som ruim... Enfim, rock and roll total...
A festa, muito bem organizada pelo Joninhas (Made in RGS), teve Stones, AC/DC e outros no telão, no volume certo antes e nos intervalos dos shows. Aliás, as pausas lembraram velhos festivais... Gente afinando instrumentos, fazendo pequenos ajustes... Tudo na frente do público e sem bate estaca explodindo os ouvidos.
Hábitos Groove ficou encarregada de abrir a festa. Eu que vi todos shows desta banda, sentado e bem de perto, digo que foi um show descontraído e bem tocado. Solto. Como tem que ser. Shamila cantou como quem sabe de onde vem o que está cantando e isso foi bonito. Elias se empolgou nas cantorias, mas acho que era raiva do retorno... Ruim foi ter iniciado cedo (entenda-se no horário) e muita gente chegando ainda. Fora da banda, digo que apesar de não ser uma típica banda de rock, é uma banda que não consegue não ser rock.
Madera entrou na sequência com a já conhecida força e afinação vocal da Taís apoiada num power trio com Paulinho na batera, Jean na guitarra e Lourenço no baixo. Mandaram muito bem, repertório cover bem escolhido e boas músicas próprias, que espero em breve ter a chance de registrar... Há boatos que vai rolar... Lourenço foi sólido no baixo, Paulinho tocando muito, pena o som não ajudar a definir todas suas frases e Jean com timbres e arranjos muito bons nas autorais. Só ficou devendo no bom medley de AC/DC... Que solo foi aquele Jean? Heheheh. No final Taís deu o mosh e eu perdi essa...
Iaques também mandou bem, Gustavo está cantando cada vez melhor. A banda tocando bem e tudo mais, porém o repertório bem homogêneo, na linha novo rock britânico, foi o que distou um pouco e não empolgou. Boas músicas pra curtir... Ficaria massa com menos luzes e mais isqueiros, saca? Eu gostei e acho que faltou um grito! Um estouro, sei lá... Se bem que foi durante este show que rolou a pequena briga. O que foi bom e ajudou, foi a sequência dos shows bem montada, Iaques ficou no meio dos cinco shows.
Made in RGS me pareceu estar na faze mais rock and roll de todas as bandas da noite. Tu vê logo, o pessoal, fora o Paulinho, não toca la mui bien, mas toca com muita vontade e isso contagiou o público. Alicerçada no velho rock gaúcho empolgou do começo ao fim, o cover de Sex Pistols foi sensacional e muito massa a participação de Jean, mesmo sem subir no palco, cantando Black Birds. E que tals o visu do Alan heim? Guto está detonando a guitarra. Adorei os timbres das duas guitarras... Dava pra ouvir as cordas e não só ‘ronhera’ de distorção. E olha que isso é raro por aqui na província heim... Enfim, fiquei tri curioso pra ouvir músicas desta banda.
Jokerman. Quem ficou até o final foi premiado com o melhor cover da noite; High Voltage. Justamente no último suspiro, na última música da noite... Depois de o Susin acender as luzes como quem diz ‘acabou’ ao som de gritos de mais um... A banda volta a tocar e não é que apagaram as luzes novamente... Pontel, além de ser um vocalista muito versátil e de boa técnica, domina o palco. Paulinho, pela terceira vez no palco e tocou bem pela terceira vez. O que eu não esperava, era que a noite do rock também reservaria espaço para algo próximo do Glam Metal... Afinal, também faz parte do rock né... Maicon é quase insuperável tecnicamente na guitarra, é um relógio, tudo certo no momento certo. E me contradizendo, foi exatamente isso que não curti muito... Faltou empolgação... Inspiração. Músicas muito fiéis as originais... Sabe, faltou olhar pro lado e prestar atenção no Gildo destruindo no baixo. Da gosto ver o Gildo tocar, sou fã dele... E faz tempo. Toca como se fosse o último momento de sua vida e além disso tira baita som e isso é a mão... Não é só instrumento, caixa e blá blá blá.
Outros destaques... O fotógrafo Ramon Munhoz fez muitas fotos de todos, só vi algumas e já deu pra sentir que ficaram massa. Ótimo e necessário. Infelizmente o som não colaborou, retornos falhando, cabos com defeito entre outros problemas... Rica (Sunsetpop) segurou como pode as pontas na mesa de som, com bons toques do Jean e outros que se apresentaram para colaborar. Até, é bom que se diga e alfinetando, Rica sozinho tem mais músicas registradas que todos os outros músicos que estavam no festival juntos... Paulinho foi o músico da noite, tocar em três bandas diferentes e mandar bem em todas não é pra todos não... E como o mundo sabe ser uma M mesmo, ainda foi premiado com seu carro não estando afim de pegar na saída da festa.
Enfim, o Joninhas está de parabéns por tudo e especialmente pela iniciativa. Todos músicos se ajudando também foi muito bom e raro de se ver por aqui, ao menos pra quem é da antiga... Se esse fair play continuar, talvez um dia tenhamos uma cena musical forte na cidade. O público que compareceu e bem, diz que isso deve se repetir. E vivendo num tempo em que pagode e sertanejo estão cada vez mais elitizados, bom pra nós que rock é coisa de pobre.
Muito bom ver o público lotar o Oasis, na fria noite, para curtir o velho estilo musical. Ótimo sinal, como se suspeitava, ainda há muitas pessoas que curtem um bom barulho. Até o rock and roll em pessoa apareceu, na figura do batera old school Vilmar Oliveira. Teve gente mato queimando, uma pequena briga, roda punk, som ruim... Enfim, rock and roll total...
A festa, muito bem organizada pelo Joninhas (Made in RGS), teve Stones, AC/DC e outros no telão, no volume certo antes e nos intervalos dos shows. Aliás, as pausas lembraram velhos festivais... Gente afinando instrumentos, fazendo pequenos ajustes... Tudo na frente do público e sem bate estaca explodindo os ouvidos.
Hábitos Groove ficou encarregada de abrir a festa. Eu que vi todos shows desta banda, sentado e bem de perto, digo que foi um show descontraído e bem tocado. Solto. Como tem que ser. Shamila cantou como quem sabe de onde vem o que está cantando e isso foi bonito. Elias se empolgou nas cantorias, mas acho que era raiva do retorno... Ruim foi ter iniciado cedo (entenda-se no horário) e muita gente chegando ainda. Fora da banda, digo que apesar de não ser uma típica banda de rock, é uma banda que não consegue não ser rock.
Madera entrou na sequência com a já conhecida força e afinação vocal da Taís apoiada num power trio com Paulinho na batera, Jean na guitarra e Lourenço no baixo. Mandaram muito bem, repertório cover bem escolhido e boas músicas próprias, que espero em breve ter a chance de registrar... Há boatos que vai rolar... Lourenço foi sólido no baixo, Paulinho tocando muito, pena o som não ajudar a definir todas suas frases e Jean com timbres e arranjos muito bons nas autorais. Só ficou devendo no bom medley de AC/DC... Que solo foi aquele Jean? Heheheh. No final Taís deu o mosh e eu perdi essa...
Iaques também mandou bem, Gustavo está cantando cada vez melhor. A banda tocando bem e tudo mais, porém o repertório bem homogêneo, na linha novo rock britânico, foi o que distou um pouco e não empolgou. Boas músicas pra curtir... Ficaria massa com menos luzes e mais isqueiros, saca? Eu gostei e acho que faltou um grito! Um estouro, sei lá... Se bem que foi durante este show que rolou a pequena briga. O que foi bom e ajudou, foi a sequência dos shows bem montada, Iaques ficou no meio dos cinco shows.
Made in RGS me pareceu estar na faze mais rock and roll de todas as bandas da noite. Tu vê logo, o pessoal, fora o Paulinho, não toca la mui bien, mas toca com muita vontade e isso contagiou o público. Alicerçada no velho rock gaúcho empolgou do começo ao fim, o cover de Sex Pistols foi sensacional e muito massa a participação de Jean, mesmo sem subir no palco, cantando Black Birds. E que tals o visu do Alan heim? Guto está detonando a guitarra. Adorei os timbres das duas guitarras... Dava pra ouvir as cordas e não só ‘ronhera’ de distorção. E olha que isso é raro por aqui na província heim... Enfim, fiquei tri curioso pra ouvir músicas desta banda.
Jokerman. Quem ficou até o final foi premiado com o melhor cover da noite; High Voltage. Justamente no último suspiro, na última música da noite... Depois de o Susin acender as luzes como quem diz ‘acabou’ ao som de gritos de mais um... A banda volta a tocar e não é que apagaram as luzes novamente... Pontel, além de ser um vocalista muito versátil e de boa técnica, domina o palco. Paulinho, pela terceira vez no palco e tocou bem pela terceira vez. O que eu não esperava, era que a noite do rock também reservaria espaço para algo próximo do Glam Metal... Afinal, também faz parte do rock né... Maicon é quase insuperável tecnicamente na guitarra, é um relógio, tudo certo no momento certo. E me contradizendo, foi exatamente isso que não curti muito... Faltou empolgação... Inspiração. Músicas muito fiéis as originais... Sabe, faltou olhar pro lado e prestar atenção no Gildo destruindo no baixo. Da gosto ver o Gildo tocar, sou fã dele... E faz tempo. Toca como se fosse o último momento de sua vida e além disso tira baita som e isso é a mão... Não é só instrumento, caixa e blá blá blá.
Outros destaques... O fotógrafo Ramon Munhoz fez muitas fotos de todos, só vi algumas e já deu pra sentir que ficaram massa. Ótimo e necessário. Infelizmente o som não colaborou, retornos falhando, cabos com defeito entre outros problemas... Rica (Sunsetpop) segurou como pode as pontas na mesa de som, com bons toques do Jean e outros que se apresentaram para colaborar. Até, é bom que se diga e alfinetando, Rica sozinho tem mais músicas registradas que todos os outros músicos que estavam no festival juntos... Paulinho foi o músico da noite, tocar em três bandas diferentes e mandar bem em todas não é pra todos não... E como o mundo sabe ser uma M mesmo, ainda foi premiado com seu carro não estando afim de pegar na saída da festa.
Enfim, o Joninhas está de parabéns por tudo e especialmente pela iniciativa. Todos músicos se ajudando também foi muito bom e raro de se ver por aqui, ao menos pra quem é da antiga... Se esse fair play continuar, talvez um dia tenhamos uma cena musical forte na cidade. O público que compareceu e bem, diz que isso deve se repetir. E vivendo num tempo em que pagode e sertanejo estão cada vez mais elitizados, bom pra nós que rock é coisa de pobre.
FALO E DISSE.
ResponderExcluirescrevo este comentário depois de ter lido e relido enumeras vezes o texto,por isso fica meu agradecimento pela parceria de todos os envolvidos no festival, quero destacar este envolvimento de todos .
ResponderExcluirFico orgulhoso como um pai fica em ver que seu filho esta aprendendo as coisas da vida a sua maneira,acho na minha modesta opinião que o texto do Marcon destaca bem isso a vontade de querer ser mostrar as pessoas que aqui também tem gente que faz rock,não para agradar as ''menininhas'' que vão na festa ,rock'n'roll é pra quem gosta !
Joninhas.
ROCK N' ROLL É PRA QUEM GOSTA !!!
ResponderExcluirsábias palavras Joninhas...
Festival animal...
escritos perfeitos do Marcon...
temos que organizar mais desses... quem sabe um no verão ?
Lourenço